segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


Estamos a pouco menos de um mês para o início do ano de 2008, pouco mais de um mês para meu vigésimo primeiro aniversário, e o que contar de novo nesse ano que começa a se definir??

Um ano pode ser definido sobre muitos aspectos, um homem pode ser entendido sobre diversos pontos de vista, e esse texto é, acima de tudo, uma reflexão sobre mim.

No entanto, não posso definir um ano que caminha para sua definição, posso dizer do processo, do caminhar...que foi muito gratificante, no que tange os aprendizados que as cicatrizes me trouxeram.

Nesses tempos não vejo ninguém falar do Sol, que continuou a brilhar, da Lua, que até agora, vem completando seu ciclo com presteza meticulosa, não diz nada das águas que incansavelmente percorre suas fases gerando equilíbrio, proporcionando a vida.

Eu posso incorrer no mesmo erro, tento lembrar o que de marcante aconteceu em minha vida nesse sexto ano do século XXI, e me esqueço das coisas sublimes que sempre me acompanham. Amenizarei os meus erros falando da família, que está sempre presente nos bons e maus momentos, que é fonte e finalidade do meu amor, que não me deixa desanimar, que me protege e me estimula a prosseguir apesar dos pesares. Não posso de igual maneira esquecer os amigos, extensão direta do meu ser, não posso tentar me definir sem reportar aos bons companheiros de sempre, seres que me ajudam no aprendizado ininterrompível, que me norteiam quando pareço perdido, que me aturam, quando nem mais eu me agüento, que têm as palavras certas para cada ocasião.

Nesse ano eu aprendi, logo cedo, que certas coisas não podemos deixar para o amanhã. Aprendi que não adianta ser apressado, e não ouvi a razão antes de tomar decisões, aprendi, sobretudo, a pensar antes de falar. Aprendi que todos podem nos decepcionar, todos! Aprendi que temos que ser sempre sinceros, conosco e com o próximo, para evitar desapontamentos por erros inocentes. Aprendi a não desistir de algo que temos a certeza de que iremos nos arrepender no futuro. Aprendi a diferenciar idades, não somos escravo do tempo, mas ele deixa regras mínimas que temos que seguir. Aprendi que nem sempre os outros escolhem o melhor pra si, e não cabe a nós questionar as suas escolhas, afinal são escolhas, e junto, aprendi que nem sempre o que é bom pra nós também é bom para eles. Aprendi a me centralizar com certas coisas sem questionamentos que desenrolados levaria a lugar algum, aprendi a ouvir e a concordar, em fazer o possível e nem sempre prometer. Aprendi a não oferecer aquilo que não tenho certeza que posso dar, e, ao contrário, oferecer somente aquilo que sei, com toda certeza, que vai acontecer. Aprendi a ter cuidado no que falo, afinal, contradições nunca são bem vindas. Aprendi a prestar bastante atenção em tudo, a revisar meus textos, minhas metas, meus atos! E continuo aprendendo, dia após dia...

Sei que nem sempre é bom criar expectativas, mas dessa vez é quase impossível deter o impulso, eu me aceitei como sou, com minhas inúmeras limitações, com meus defeitos sem remédio, com minhas qualidades irremediáveis, e sonho, com minha chegada e com minha partida, com cada fim de semana. Sonho com meu futuro e como o meu passado poderia ser. Sonhos utópicos, sonhos revolucionários, sonhos concretizáveis, sonhos inocentes, sonhos idiotas, sonhos descartáveis, são sempre sonhos e mesmo com todas as quedas e dores, há algo que - inexplicavelmente - ainda me faz sonhar!