terça-feira, 18 de novembro de 2008

Discurso de Parkman



Discurso de Parkman

Se eu pudesse mandar em seu coração
Eu ordená-lo-ia a amar-se
E, se o seu coração me escutasse
Proibir-lhe-ia o desânimo

Se eu pudesse mandar em seu coração
Ordenaria ele a amar
E se o seu coração se alegrasse
Ocupar-lhe-ia esse lugar

Se o seu coração fosse a mim subordinado
Impor-lhe-ia a felicidade
Dar-lhe-ia carta de alforria
E elegeria a responsabilidade como valor máximo

Se, ainda assim, insistir a mim o comando do seu coração
Ordenar-lhe-ei que se insurja
Por que não tem necessidade comandar
Alguém que se ama e já sabe amar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008


O sabor do conhecimento é insaciável. Acompanhado de um sentimento preenchedor que não se esgota para aqueles que olham as coisas sem preconceitos, sem medo de compreendê-las e respeitando seu caráter sagrado. É de espantar, estupefacto, a engenharia detalhista que sustenta os conhecimentos culturais e as sabedorias populares. Tamanha é a liga de simplicidade e efetividade, que é inafastável o sentimento de preenchimento proporcionado pelo contato com esses saberes. A sabedoria cultural e popular é fonte de um conhecer infinito, por ser construída de uma forma histórica, com o passado influenciando no presente e o futuro influenciado pelo passado.
Quando contrasto com o rigor técnico e a perfeição de resultados do modelo de ciência que dominou a modernidade, sinto o mesmo espanto, porém com uma pitada de medo, traduzida pelo frio na barriga que o compromisso e a responsabilidade que esse tipo de conhecimento traz. Por ser abrangente e interligador anseia por conhecer todas as coisas; mas sempre há coisas à conhecer.
Pois bem, não importa como apreendemos, é preciso saber/viver. O saber é acima de tudo viver.
No fundo, o que realmente vale saber é que temos que usar nossa cognição para chegarmos a verdade. A inteligência proporciona a vida e a única afirmação que importa, de verdade, é que ainda temos oportunidade de viver/saber.