segunda-feira, 19 de julho de 2010

JULHO 2010








Há os que sonham....






Dauney Oliveira Fernandes


Livro Virtual

AGRADECIMENTO






 EU AGRADEÇO













À vida e ao dom de escrever.







INTRODUÇÃO PREFATORIA

O Fatos Pensamentos e Poesias surgiu inicialmente como um diário pessoal, de início na versão física, mais comum, depois ganhou essa roupagem virtual com uma outra abordagem, diferente do seu homônimo fisico. Ele funciona com um livro virtual, este é um trabalho que visa expor para o público alguns de meus textos pessoais. São textos íntimos, que surgiram unicamente da necessidade de escrever. Todos os textos são relacionados a momentos que marcaram a minha vida. São fatos, pensamentos e poesias que se eternizaram pelos seus significados.
Foram três anos postando textos antigos que reputei interessante e textos novos que surgiram em momentos importantes. Estão intercalados textos, todos eles artísticos. As poesias são totalmente livres, não me prendi pela métrica, por vezes nem pela rima, e muito menos pelo nexo lógico. Os Pensamentos nem sempre são reflexivos, muitas vezes narram alguns fatos, com algum desdobramento filosófico, ou total manifestação artística de como eu vejo determinado tema. Os fatos nem sempre são fatos reais, alguns são fictícios, outros são reais ornados com detalhes imaginários.
Não há uma sistemática entre os textos, alguns escritos em períodos muito próximos podem apresentar alguma coincidência de estados de espírito, mas não houve ordenação alguma nos temas abordados.
Este é um espaço para ler de mente aberta, no silêncio, no recolhimento, são textos com sentimentos, que muitas vezes uma leitura apressada não é capaz de perceber... 
Espero que gostem, ou que não gostem... só não vá ficar sem sentir nada. Boa leitura.

domingo, 13 de junho de 2010

O HOMEM QUE QUERIA ENCONTRAR O AMOR



O HOMEM QUE QUERIA ENCONTRAR O AMOR

Um dia um homem saiu pelo mundo querendo descobrir o que era o amor. Fez isso porque viu - num sonho- alguém, que ele não conseguia lembrar o rosto, dizer que era o sentido de todo existir e o estímulo de todo aquele que caminha. Insistia que ele deveria encontrar o amor, no entanto, rosto ele não via. A conversa por ali acabou, e esse alguém não lhe dera mais pistas Só sabia como chamava e por que o perseguiria.

Um dia esse homem – que queria encontrar o amor – achou que encontrara; para o seu profundo desencanto, do sonho ela não lembrava. E ele continuou andando, sem saber para onde ia, e quando pensava em desistir lembrava do sonho que tivera um dia. Por outras bandas esse homem andou e em cada canto que passava jurava ter encontrado o amor. Porém, nenhuma entre elas sabia do tal sonho desafiador. O tempo passou, o homem envelheceu, a procura do amor deixou feridas, mas ele também muito aprendeu, quando pensava em desistir, algo lhe fazia andar, o sonho misterioso que não deixava ele parar.

E por muito tempo esse homem andou, e nenhuma, e nenhum a quem perguntava sabia explicar-lhe onde encontrar esse tal amor. E nessas muitas caminhadas pela vida, esse homem muita coisa topou. Ao procurar uma máscara para o rosto de seu sonho, muito ele amou. Mas o seu amor rosto não tinha, e quando o estímulo se esvaia pegava a estrada à procura do impulso de quem caminha.

Sem perceber, esse homem que caminhava, era também um homem que semeava, por onde andou deixou uma semente - a mais bela, pura e potente-, por onde andou semeou o amor, floriu seus passos com o seu sonho encantador. E a história do homem que queria encontrar o amor tomou o mundo, fez eco e conquistou mentes. Mais pessoas se aventuraram e caminharam em busca desse presente, o estímulo de quem caminha, o encanto de quem semeia a ilusão real desse calor. Assim, a rosa plantada um dia num sonho, se fez floresta no coração dos homens, graças à impossibilidade dele encontrar seu amor derrepente.

Este homem nunca encontrou a pessoa que no sonho lhe falou, mas espalhou o sentido daquilo que o fazia caminhar, por viver dia-dia a busca de uma vida. Como a infância a ingenuidade passou, a juventude a voracidade material levou, com a morte a sua existência se transformou, mas seu sonho, que sempre o fez caminhar, eternizado ficou.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

LUX


Um raio se expande e ilumina
integra, reflete, refrata e conduz.
É o tom de uma voz divina.
Quem pode negar a magia da luz?


Luz: matéria que toca a alma.
O que seria da compreensão sem o seu brilho?
Segura de sua caminhada eterna,
brilha a vida na repetição de seus ciclos.


Na falta, cores não produz.
A vida é mais rica
na presença da luz.


Contigo, o amor, induz.
A vida é mais linda
na regência da luz.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tua luz



E se fez a luz. Então, vimos as coisas, as pessoas, nossas resistências a propria luz. Afinal, é certo que só enxergamos a luz refletida pelos corpos e, claro, numa faixa delimitada. Sem ela não veríamos através dos olhos, mas, quem sabe, somente pelo coração.

Do que é feita a luz? Partícula, onda? As duas coisas... A luz é onda que transporta matéria e se comporta, ora como algo, ora como outro... A luz é um veículo de sensações, é remédio, é fotossintetizante, é energia e constrói uma corrente de elétrons de silício, é fogo e destrói, é tudo e nada...? não sei. É luz!

Magnetiza, encanta, inspira, acalma, é livre, quase livre - é humana? Não, é divina! Só a luz me prende, só a luz me leva, a luz sou eu! Mais... bem mais - eu quero brilhar!

Onde existe luz há esperança. Ela noticia algo de sublime que o tempo guarda para o futuro. Ela anda velozmente pelo tempo e, em nosso tempo, nada criado pode ser mais sábia que ela. Há sombras? Desde quando há luz, mas a dor só existe pela resistência da entrada da luz em nosso âmago.

Às luzes!

Elas brilham o passado e o futuro no agora.

Deixe brilhar a tua luz!

quarta-feira, 31 de março de 2010

É ELA NOVAMENTE


Ela quer chamar minha atenção. Pede involuntariamente para eu prestar atenção nela, demostra fragilmente como ela está pronta (para mim?! Para qualquer um?!). Desesperadamente ela tenta me tocar. Algo soprou para ela que estou me distanciando. Percebera enfim que tomei um rumo. Desespera por sentir que rumo para longe dela.

Acho que sem saber consegui o que queria. Sentia-me assim - feito ela - a um tempo atrás. Mas, no ponto que estou, não sei se é bom, nem bem, ir ao encontro dela. Porém, punjame suavimente a possibilidade de descartar uma oportunidade.

Sem saber, colocou em mim o privilégio da dúvida.

Supostamente eu sei o que ela quer. E ela, saberá o que quer? Pergunto-me, qual é o papel que devo desenpenhar? Voltar? Seguir? Qual é a dor menor?

Sem saber, troquei de lugar com a dúvida.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Uma dose de dor

A vida é assim,
tem horas que fala tanto que é difícil entender,
noutras tamanho silêncio, que esquecemos que ela fala!
Enquanto isso caminhamos...
Muitas vezes alheios a sua voz,
em outras tão conectados que é a própria voz quem nos encaminha...

Engraçado são as desilusões,
mas não qualquer desilusão. Não, aquelas marcantes...
Que a gente tem certeza que ta certo, que tudo ta conspirando,
mas no meio do caminho descobrimos um "des", e o real se torna ilusão,
e a desilusão se torna dor...

E a dor se torna negação,
e a negação envolve e negativisa,
ahh, negativado a gente só atrai o que diminui.
E nesse ciclo vicioso só o eletrochoque de realidade pra voltarmos a viver!

Mas viver é bom,
tanto nas horas de alegria a viva-voz,
quanto nos momentos de "des-luzão",
Com o sol brilhando,
ou caindo aquela torrencial tempestade.
Viver é bom aprendendo ou não...

Uma dose de dor, por favor.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Página de uma vida


"Vamos nos permitir."



Uma vida em especial me preenche a existência. Uma vida pequena, cheia de vícios, mas que parece guiada para algo maior. Maior que as dores passageiras e até mesmo àquelas que parecem não passar... Uma vida maior que a fuga da ilusão, e a necessidade da fulga da razão não é maior. Uma vida tão cheia de detalhes – tão perfeitamente ligados; própria; simples; incomum; sem sentido para alguns, perfeitamente sentida por mim... Em tudo e em todos.
Onde começou? O porquê de ter começado? Eu não sei. Mas, aqui estou e nenhuma pílula, nem a vermelha, nem a azul, pode negar isso. Para onde vou? (...) Nem o silêncio depois de uma bomba, fruto de um turbilhão de pensamentos, pode afirmar com certeza. Provavelmente, primeiramente... Não sei mentir. Então calo, sem saber por onde ir.
Essa vida me deu tudo de bom que tenho e mostra, dia-dia, os obstáculos que impedem que seja bom tudo que eu tenho. Essa é a vida mais difícil de entender. Nessa, é difícil demais escolher... Mas, nem por isso, desisto de entendê-la, deixo de escolher, deixo de vivê-la!
Essa vida é até difícil de descrever. É como se olhasse uma paisagem, seus detalhes, seus traços marcantes, e percebesse que junto a meus pés a paisagem se misturasse ao meu corpo, formando uma coisa só...
Enquanto olhava para mãos, pernas, braços, espelho... Percebia que ela não acabava ali. Olhando no reflexo dos meus olhos eu vi um ser que gritava - emocionado - e dizia (o que ele dizia?): viva! Ele vivia...