domingo, 17 de junho de 2007

"Tenho andado distraído" como diria o poeta dos adolescentes, o grande Renato Russo...
não sei ao certo o porquê da distração, mas vejo o mundo com os olhos menos maldosos, mais limpos e mais resignados.
Não quero deixar aqui a significação apartidária, sem ideologia que a resignação pode suscitar a primeira vista, tem uma profundidade maior, diz respeito a capacidade de se entender como tal e de não querer aquilo que não te pertence, porém não implica a limitar seus sonhos.
Vou tentar explicar, não importa se o menino grande do imponente prédio ao lado tem uma vida farta e todas as alegrias não o falta, tem riquezas e inteligência, beleza e bom humor. Não me cabe contestá-lo, imitá-lo ou chorar por não alcançar sua graça. Aí, entra a resignação à busca por aquilo que é meu, por meu espaço, o itinerário de meus sonhos, considerando os meus limites, a minha história e o meu momento atual. A resignação é a consciência de meu norte guiador, do meu objetivo principal. "Não precisamos diminuir ninguém para nos aumentar" essa frase de Leão, técnico de futebol, diz respeito a resignação que eu discorro. Consiste em aceitar o que somos em justaposição à aquilo que queremos ser.
Por isso ando assim distraído, meio alegre, uma alegria disfarçada na quebra da maldade do mundo. Agora entrevejo a caridade mais fácil de ser alcançada e o orgulho/egoísmo sem motivos fortes para existir.

Um comentário:

O VIVENTE disse...

Oi amigo,

Gostei deste texto. Não preciso dimunuir o outro para aumentar. Exatamente, a vela mesmo que acenda outra não deixa de iluminar e para acender a minha não preciso apagar outra, rs.

Escrever sempre amigo, você tem potencial!!!!